O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, criticou o presidente Lula (PT) nesta sexta-feira, 12, por sancionar o projeto de lei (PL) das ‘saidinhas’ com vetos, mantendo a permissão para a saída de presos em regime semiaberto.

“Inacreditável o Presidente da República apoiar criminosos contra a vontade dos brasileiros. A decisão dele em manter as ‘saidinhas’ de presos beneficia condenados, vários envolvidos em violência contra mulher, colocando em risco a segurança de todos. Lugar de bandido é na cadeia”, escreveu Zema na rede social X, antigo Twitter.

Zema não foi o único

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), também utilizou as redes sociais para criticar o veto de Lula, dizendo estar trabalhando, junto a parlamentares, para a derrubada do veto.

“INACREDITÁVEL. O Governo Federal vetou o principal ponto do projeto que acaba com a saidinha de presidiários. Já estou trabalhando, junto dos nossos parlamentares, para que o veto seja derrubado. Chega de bandido tirar férias”, afirmou.

Tarcísio vai a Brasília contra o veto

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também está empenhado em reverter o veto do presidente Lula ao PL das ‘saidinhas’.

Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, autor do projeto de lei sancionado com vetos por Lula, ele e o governador do estado irão a Brasília dialogar com as bancadas dos partidos e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para reverter o veto.

O veto de Lula

Na quinta, 11, o presidente Lula sancionou o PL das ‘saidinhas’, com vetos.

O petista barrou o trecho do projeto que impediria os presos do regime semiaberto, que possuem bom comportamento, de saírem para visitar suas famílias em datas especiais.

Auxiliares do ministro Ricardo Lewandowski afirmam que o uso de tornozeleira eletrônica e a realização de exame criminológico já estão tornando as regras mais rigorosas.

Congresso sinaliza derrubada dos vetos de Lula

Líderes do Congresso já se movimentam no intuito de derrubar os vetos feitos pelo petista ao texto. 

Deputados e senadores afirmam que o trecho vetado era o principal ponto da proposta aprovada por ampla maioria na Câmara e no Senado. Agora, líderes partidários indicam que vão pressionar o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o veto seja incluído já na próxima sessão conjunta das duas Casas, marcada para 18 de abril.