Zanin se declara impedido em inquérito de Gleisi na Lava Jato
O julgamento, que ocorre em plenário virtual, começou na última sexta-feira, 10, e segue até a próxima segunda-feira, 20...
Indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro Cristiano Zanin se declarou impedido para julgar uma ação da Lava Jato sobre a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). O julgamento, que ocorre em plenário virtual, começou na última sexta-feira, 10, e segue até a próxima segunda-feira, 20.
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2018, seguindo as delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo do executivo Marcelo Bahia Odebrecht. Até o momento, o ministro Edson Fachin foi o único a se manifestar e ele votou pela rejeição da denúncia apresentada.
Gleisi foi acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostamente ter recebido R$ 3 milhões em propina da empreiteira para arcar com despesas de campanha quando concorreu ao governo do Paraná, em 2014. Fachin afirmou haver “insuficiência de elementos indiciários” para sustentar a denúncia, havendo “vácuos investigativos intransponíveis” para demonstrar os supostos crimes praticados.
O ministro afirmou que os gastos indicados como ilícitos coincidem com gastos de campanha regularmente declarados à Justiça Eleitoral. Fachin rejeitou parte da denúncia que acusava o antigo coordenador de campanha de Gleisi Hoffmann, Leones Dall’agnol, de corrupção passiva. O magistrado seguiu entendimento da própria PGR, que avaliou “ausência de justa causa” para a ação.
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