Zanin quer acelerar julgamento do plano golpista
À frente da Primeira Turma do Supremo, ministro prepara expediente extraordinário

O ministro Cristiano Zanin, à frente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), deu início a um movimento estratégico para aumentar a quantidade de sessões do colegiado, com o objetivo de agilizar o julgamento sobre a acusação da trama golpista
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Diferentemente do plenário do STF, que se reúne semanalmente, com sessões às quartas e quintas, a Primeira Turma tradicionalmente se encontra a cada quinze dias, sempre nas terças-feiras. No entanto, caso o presidente do colegiado considere necessário, ele pode alterar essa frequência para dar conta de um número maior de casos.
No dia 25 de março, terça-feira, ocorrerão duas sessões: uma pela manhã e outra à tarde. Na quarta-feira, dia 26, a turma se reunirá novamente pela manhã, antes do início da sessão plenária. Membros do STF não descartam a possibilidade de incluir ainda mais sessões extraordinárias no calendário, caso o julgamento sobre o recebimento da denúncia não seja concluído no dia 26.
Aval de Moraes
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, autorizou o julgamento da denúncia depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma manifestação refutando as respostas das defesas contra a acusação. Além de Moraes e Zanin, o julgamento contará com a participação da ministra Cármen Lúcia e dos ministros Flávio Dino e Luiz Fux.
Núcleos da acusação
O foco inicial será a análise da denúncia referente ao primeiro dos cinco núcleos da acusação, que foi dividida pela PGR para facilitar o andamento do processo.
Este grupo envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros quatro ex-ministros de seu governo: Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Ainda fazem parte deste núcleo o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que celebrou um acordo de delação premiada.
O julgamento promete trazer desdobramentos significativos, sendo um marco na análise de um dos casos mais complexos que envolvem a política brasileira atual.
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