O influenciador digital Abraham Weintraub anunciou nesta tarde sua saída do MEC sem ter explicado a autorização para emendas parlamentares turbinarem o transporte escolar – em plena pandemia, com as escolas fechadas.

Em 20 de maio, Weintraub assinou resolução que aumenta os limites para repasses destinados ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate).

O cálculo do repasse tem como base o número de alunos da educação básica pública que utilizam o transporte escolar, informado no Censo Escolar do Inep do ano anterior. Em 2019, estava previsto um orçamento de R$ 787 milhões.

O valor por aluno transferido aos municípios gira em torno de 150 a 200 reais.

A resolução assinada por Weintraub multiplicou esse valor por quatro se a origem do recurso estiver em emendas parlamentares individuais e de bancadas impositivas.

Paladino da liberdade de expressão, Weintraub seguiu bem caladinho sobre essa resolução. Essa ele não derrubou.

Procurada por O Antagonista, a assessoria de imprensa do MEC nunca ofereceu uma justificativa do ministro para a resolução.

Em tempo: a exoneração de Weintraub ainda não foi publicada no Diário Oficial.

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