Viva o antipetista
Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, relata uma briga entre petistas e antipetistas num prédio de Perdizes.Os petistas são apresentados como professores universitários que se identificam com “o projeto social da legenda, de redução das desigualdades”. Os antipetistas são apresentados como brucutus cheios de ódio que tentaram atropelar a filha dos petistas.O Antagonista, claro, simpatiza com os antipetistas....
Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, relata uma briga entre petistas e antipetistas num prédio de Perdizes.
Os petistas são apresentados como professores universitários que se identificam com “o projeto social da legenda, de redução das desigualdades”.
Os antipetistas são apresentados como brucutus cheios de ódio que tentaram atropelar a filha dos petistas.
O Antagonista, claro, simpatiza com os antipetistas.
Um deles, o engenheiro agrônomo José Luiz Garcia, fez até um jornalzinho para provocar os vizinhos petistas. Suas manchetes: “José Dirceu, herói do PT, preso pela segunda vez” e “Lula, lobista dos empreiteiros”.
Em 8 de março, no primeiro panelaço, o engenheiro antipetista não se contentou em bater panelas, segundo os petistas: “Ele passou minutos gritando, num grau de agressividade, de ódio: ‘Petistas filhos da puta, ladrões, corruptos'”.
Em 16 de agosto, o engenheiro estava com febre e não foi à passeata contra o governo na avenida Paulista. Mas quando encontrou os petistas no elevador, disparou: “Fora PT! Fora PT!”. E também: “Eu não respeito petista ladrão, corrupto, filho da puta”.
A briga degenerou e foi parar na delegacia. No fim do depoimento, um investigador, Arnaldo, se aproximou e disse: “Vocês vão me desculpar. Mas o PT é mesmo o partido mais corrupto da República”. Quando os petistas reclamaram, o investigador retrucou: “E qual é o problema de eu achar que a Dilma é uma filha da puta?”.
(Nesse ponto da narrativa, Mônica Bergamo informa que o investigador estava armado. Onde já se viu um policial armado?)
Alguns dias depois, os petistas, como todos os petistas, apelaram para um medalhão e retornaram à delegacia com o deputado petista Paulo Teixeira. O policial que xingou Dilma Rousseff foi chamado por seus chefes e obrigado a se desculpar.
Quanto ao engenheiro antipetista, ele continuou a antagonizar:
“Quando um vizinho defende um governo cleptocrata, ou ele faz parte da cleptocracia ou ele é um idiota total. Não tem acordo. A maioria silenciosa não aguenta mais. Só que agora não é mais silenciosa. Eu digo, poxa, será que a Lava Jato não é suficiente? São evidências, gente. Não são invencionices do Moro. Se o cara não se convenceu até agora, fica difícil. Aí eu já questiono o discernimento dele. Dizem que é preciso dar um basta no ódio político. Eu concordo. Agora, para que seja dado um basta, eles precisam parar de roubar, né?”.
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