O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um conjunto de números aos líderes da Câmara para defender a revisão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Ele esteve reunido com os parlamentares na manhã desta terça-feira, 5, juntamente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante o encontro ficou acertado que será fechado um projeto de lei tornando o programa mais “rígido” para, nas palavras do ministro “enxugar o descontrole do programa”.

“A MP 1202/23 vai ficar como está com a supressão feita a pedido de Pacheco e vamos encaminhar um projeto em relação a municípios e ao Perse com a discussão feita junto aos líderes que fizeram várias sugestões para enxugar aquilo que eles próprios reconheceram como um descontrole do programa”, afirmou.

Entre os números entregue pelo ministro aos parlamentares, está o volume de renúncia fiscal feita pelo governo desde o início do programa. Haddad também comentou que mandou fazer um “pente fino” para saber quanto o programa tem custado aos cofres públicos.

“Nós tivemos em 2022 mais de R$ 10 bilhões de renúncia fiscal para o Perse e em 2023 mais de R$ 13 bilhões de renúncias para o Perse, já expurgadas as eventuais inconsistências dos informes dos contribuintes. Mandei fazer um pente fino bastante rigoroso para ter ideia de quanto está custando o Perse por ano”, comentou o ministro.

Nesse mesmo levantamento, o ministro comentou o crescimento do setor de turismo e eventos desde o final da pandemia para afirmar que recuperação. De acordo com ele, casos que fujam a este cenário deverão ser analisados separadamente.

“Nós ficamos de fazer um estudo de caso para ver quais setores ainda não conseguiram se recuperar. Lembrando que das 11 mil empresas do Perse, o faturamento em 2019, portanto pré-pandemia, foi de R$ 146 bilhões. O faturamento em 2020, que foi o pico da pandemia, foi de R$ 101 bilhões, e o faturamento em 2022 foi R$ 200 bilhões. Portanto estamos em franca recuperação. Levei esses dados também. […] Então tem uma série de inconsistências no Perse que foram amplamente reconhecidas pelos líderes. Então fizemos uma série de sugestões no programa de como blindar esse tipo de sangria” , completou.