“Vamos aguardar”, diz Alckmin sobre ‘tarifaço’ de Trump
Vice-presidente adota cautela ao comentar sobre possíveis tarifas impostas pelo presidente americano sobre aço e alumínio

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta segunda-feira, 10, que o Brasil deve ter cautela em relação à promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.
“É uma relação equilibrada, é um ganha-ganha. Eles até têm um pequeno superávit sobre o Brasil. Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito, teve cotas, então vamos aguardar. A nossa disposição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações“, disse.
Segundo Alckmin, o país está “aberto ao diálogo“.
“Olha, vamos aguardar, porque nós acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu antes, mas houve cotas, foram estabelecidas cotas. A parceria Brasil-Estados Unidos é equilibrada, é um ganha-ganha, nós exportamos para eles, eles exportam para nós’, afirmou.
O Brasil é um dos principais exportadores de aço e alumínio aos Estados Unidos.
Para Trump, a ideia de tarifar as importações dos produtos é, posteriormente, conseguir a redução das taxas cobradas por outros países a produtos americanos.
No programa Meio-Dia em Brasília, o economista VanDyck Silveira explicou a estratégia que deve ser adotada pelo republicano.
“Politicamente, ele (Trump) está corretíssimo, uma vez que os Estados Unidos são o país que menos coloca barreiras tarifárias para a compra de produtos importados“, disse o economista VanDyck Silveira no programa Meio-Dia em Brasília.
“Se a gente pensar em reciprocidade, a média de tarifas que os Estados Unidos cobram de produtos brasileiros é algo em torno de 2%. O Brasil, pela mesma toada, taxa os produtos americanos em 14%. Ou seja, o Brasil não tem razão de reclamar“, diz Silveira.
“A única alternativa para o Brasil é baixar suas tarifas e chegar em uma relação mais equilibrada com os Estados Unidos. O Brasil, vale lembrar, é um dos países com as maiores tarifas do mundo, principalmente em relação a produtos americanos“, diz o economista.
Leia mais: “Crusoé: O que Trump quer do Brasil“
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Comentários (1)
Marian
10.02.2025 17:48Sim, claro, e aguardando a resposta também, afinal iremos devolver na mesma medida conforme anunciado não é? rs