USP demite professor negacionista que não aparece para lecionar
A USP decidiu demitir por faltas o professor Ricardo Augusto Felício (foto), que ministrava a disciplina de climatologia no curso de geografia e é um dos nomes mais conhecidos do negacionismo climático no Brasil...
A USP decidiu demitir por faltas o professor Ricardo Augusto Felício (foto), que ministrava a disciplina de climatologia no curso de geografia e é um dos nomes mais conhecidos do negacionismo climático no Brasil, informa a Folha.
Segundo o processo disciplinar na universidade, Felício vinha se recusando a dar aulas, mesmo presenciais, desde o início da pandemia de Covid —da qual ele também é negacionista: em vários vídeos, o professor se refere à crise sanitária como “fraudemia”.
Mesmo sem dar as aulas, ele continuava recebendo da USP. Seu contrato de regime parcial prevê ministrar 12 horas semanais, com salário de R$ 2.814 por mês. “Sumido” da universidade, Felício continuou bastante ativo nas redes sociais e participando de eventos nos quais nega que o aquecimento global seja provocado pelo homem.
“A dificuldade agora é notificar Felício, que não responde aos contatos da USP por carta, telefone ou e-mail”, escreve o jornal paulistano, acrescentando que também não teve resposta ao procurar o professor.
“Seria ótimo se nós conseguíssemos notificá-lo via redes sociais ou no chat do YouTube, onde ele continua ativo. O cara não sai da internet”, ironiza Paulo Martins, diretor da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP).
Curiosidade: Felicio já tentou carreira na política. Candidato a deputado federal em 2018 pelo PSL, o então partido de Jair Bolsonaro, obteve 11.163 votos e não conseguiu se eleger.
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