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Um presente para Bolsonaro

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 17.08.2020 11:05 comentários
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Um presente para Bolsonaro

Na sexta-feira, um dos responsáveis pelo acordo de delação premiada de Dario Messer, o procurador regional José Antônio Vagos, disse à Folha que o acordo de delação premiada "ficou muito esvaziado". "O acordo dele sem o Juca e Tony (Vinicius Claret e Cláudio Barboza, sócios minoritários e operadores de fato do banco paralelo de Messer) ficou muito esvaziado. Eram eles quem operavam tudo. Messer aportou dinheiro e, eventualmente, levava alguns clientes...

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3 minutos de leitura 17.08.2020 11:05 comentários 0
Um presente para Bolsonaro
Dario Messer

Na sexta-feira, um dos responsáveis pelo acordo de delação premiada de Dario Messer, o procurador regional José Antônio Vagos, disse à Folha que o acordo de delação premiada “ficou muito esvaziado”.

“O acordo dele sem o Juca e Tony (Vinicius Claret e Cláudio Barboza, sócios minoritários e operadores de fato do banco paralelo de Messer) ficou muito esvaziado. Eram eles quem operavam tudo. Messer aportou dinheiro e, eventualmente, levava alguns clientes. Mas ele trouxe, sim, novas informações que vão abrir novas investigações”, afirmou Vagos ao jornal.

Por que, então, fechar um acordo com o meliante? A justificativa é que, com o acordo, será possível recuperar rapidamente o dinheiro que ele embolsou e também evitar anos de processos penais que atrasariam o cumprimento da pena por Messer — que, efetivamente, deverá ficar apenas mais dois anos na cadeia, graças ao acordo.

É bastante improvável que Messer não tenha muito mais o que contar ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Contar o que interessa à Justiça, é claro, e tudo devidamente documentado. A história envolvendo dois dos donos da Rede Globo pode ser saborosa para os bolsonaristas, mas não interessa à Justiça e, pelo que foi publicado, não existem provas dela. Messer afirmou em depoimento que, ao longo da década de 90, mandava entregar o equivalente a 50 mil a 300 mil dólares, de duas a três vezes por mês, a Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho, na sede da Rede Globo. De acordo com Messer, ele era pago no exterior pelo serviço. Ambos os donos da Globo emitiram nota, dizendo que jamais tiveram contas não declaradas no exterior e nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras.

A história não interessa à Justiça porque, mesmo que fosse verdadeira, os eventuais crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas estariam prescritos. Prescrição por si só não torna ninguém inocente, obviamente, mas apenas os casos nos quais há chance de punição são levados em conta em processos, e esse ponto é ainda mais relevante se eles forem narrados e documentados por alguém que foi beneficiado com uma redução de pena justamente por ajudar a Justiça.

Em tempo, a divulgação do depoimento de Messer sobre os Marinho foi interpretada como um presente a Bolsonaro. Presente de um senhor que agora brinca de ser tycoon da imprensa e tem grande interesse em desmoralizar a Lava Jato.

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