Apesar de fazer parte do quadro de comissionados do PT no Senado, Cleberson Zavaski – presidente da Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ascema) -, tem sido um dos principais artífices da greve nacional dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Zavaski é lotado na liderança do PT no Senado e tem salário base de 8,5 mil reais no gabinete de Jaques Wagner (foto). Com descontos e benefícios, o líquido de Zavaski é de 7,2 mil reais.

Segundo dados do sindicato dirigido por Zavaski, a paralisação – estimulada por ele – causou uma queda de 68% na emissão de licenças ambientais do Ibama em janeiro deste ano. Em janeiro de 2023, foram 54 documentos emitidos; em janeiro de 2024, apenas 19. Os dados englobam autorizações de Supressão de Vegetação (ASV), Autorizações para Coleta e Transporte de Material Biológico (ABios), entre outras licenças.

“A importância dos nossos servidores“

“A situação atual evidencia a necessidade crítica de o governo acelerar o processo de negociação. Sem uma resposta rápida e efetiva, não apenas comprometemos a eficiência do Ibama em cumprir sua missão ambiental, mas também retardamos o desenvolvimento sustentável do país. É hora de reconhecer a importância dos nossos servidores e garantir que suas demandas sejam atendidas”, afirmou o dirigente sindical em nota oficial divulgada nesta terça-feira, 6 de fevereiro.

Em manifestação, a entidade dirigida por Zavaski afirma que a “eficiência na emissão de licenças e autorizações pelo Ibama sempre foi um pilar fundamental para o avanço de empreendimentos estratégicos em setores importantes como petróleo e gás, geração e transmissão de energia, infraestrutura de transportes, incluindo rodovias, ferrovias e portos.”

Os servidores do Ibama entraram em greve no início de janeiro como, segundo o sindicato, uma resposta direta à falta de ação e suporte efetivo aos profissionais e às missões críticas desempenhadas pelo Ibama.

Se isso não é fogo amigo…