O governo da Ucrânia retirou Lula de um relatório oficial de “palestrantes que promovem narrativas consonantes com a propaganda russa”, mas não apresentou nenhuma justificativa para a remoção.

Também foram excluídos as outras duas pessoas que estavam agrupadas com o ex-presidente — a lista não é composta por texto escrito, mas por imagens, cada uma com cerca de três nomes.

Acessível pelo site do Centro de Combate à Desinformação, do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, o relatório foi publicado no dia 14 de julho, mas só repercutiu na imprensa brasileira na segunda-feira (25).

Lula era o único brasileiro na lista.

Na publicação original, o governo ucraniano lhe atribuía duas declarações: “A Rússia deve LIDERAR a NOVA ordem mundial” e “[O presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky é o culpado pela guerra, assim como [o presidente russo Vladimir] Putin”.

Não há registro oficial que ateste a primeira frase, mas a segunda remete à entrevista concedida pelo petista à revista Time em maio deste ano.

Lula realmente disse que o Zelensky era tão culpado pela guerra quanto Putin.

“Fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os Parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”, afirmou.