“Trote de telefone não é falsidade ideológica”, diz defesa de Appio
A defesa do juiz Eduardo Appio (foto) — afastado cautelarmente da Lava Jato no início da semana — afirmou que as perícias usadas no...
A defesa do juiz Eduardo Appio (foto) — afastado cautelarmente da Lava Jato no início da semana — afirmou que as perícias usadas no processo do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4) “não constituem prova”.
Appio é suspeito de ser autor de telefonema com ameaças ao filho do desembargador Marcelo Malucelli.
Os advogados argumentam que a voz registrada na ligação pode ter sido gerada em um programa de computador. Dizem ainda que, mesmo que o telefonema tenha sido feito pelo magistrado, “não houve ameaça e [Appio] não estava no exercício da função de juiz”.
“Um trote de telefone é uma falsidade ideológica? Claro que não. […] Primeiro que a voz não é dele. Segundo aspecto que eu acho que é relevante é que falsidade ideológica tem que ter um dolo, tem que ter uma intenção. Um trote de telefone não é falsidade ideológica. Não existe isso”, diz o advogado Pedro Serrano
“Estão querendo exagerar, obviamente, o que ocorreu, a meu ver, para escamotear as verdadeiras razões do afastamento do juiz, que não se dá em razão do suposto telefonema que houve.”
Em abril, Malucelli travou processo de revogação do mandado de prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran, que fora determinada pelo novo juiz da Lava Jato. Admirador de Lula, Appio revogou o mandado de prisão para incluir Tacla Duran no programa federal de testemunhas protegidas, após o advogado ressuscitar o suposto caso de extorsão envolvendo Sergio Moro (União Brasil) e Deltan Dallagnol (Podemos).
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)