O juiz Marllon Sousa, do TRF-1, suspendeu, nesta quinta-feira (19), um inquérito aberto pela Corregedoria da Polícia Federal contra Bruno Calandrini, delegado responsável pela investigação que apura o “bolsolão do MEC”.

O inquérito, que fez com que Milton Ribeiro deixasse a pasta, também atinge Jair Bolsonaro.

Na decisão, o magistrado disse não haver indícios do cometimento de abuso de autoridade por parte de Calandrini e afirmou que ele foi alvo de “retaliação” por investigar “pessoas de reconhecido poder político e econômico”.

“O que se verifica, a princípio, é a instauração de IPL (inquérito policial) em desfavor do paciente como retaliação ao trabalho pelo paciente desempenhado em investigação que tinha no polo passivo pessoas de reconhecido poder político e econômico, não sendo este o escopo da Lei de Abuso de Autoridade”, afirmou Sousa.

A investigação foi aberta pela Corregedoria da PF após Calandrini indiciar a cúpula da corporação por obstruir a investigação que mira Milton Ribeiro.

O inquérito contra Calandrini está suspenso até que o mérito seja julgado pela terceira turma da corte.