Trabalhista: flexibilização de folgas de acordo com crenças religiosas
Entenda como a funciona o Projeto de Lei que visa flexibilizar as folgas trabalhistas para a pratica religiosa.
Seguindo o crescente debate sobre a adaptação dos direitos trabalhistas de acordo com as convicções religiosas dos trabalhadores, um Projeto de Lei (PL 3.346/2019) está em tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
O PL propõe que os trabalhadores tenham a liberdade de escolher o dia de sua folga semanal, conciliando, assim, com suas práticas religiosas.
Como funciona a proposta do projeto?
Relatado pelo senador Magno Malta (PL-ES), o projeto sugere que os trabalhadores, mediante um acordo com o empregador, possam optar por descansar em dias distintos ao usual, como o sábado, para atender às exigências de sua fé.
Os defensores da ideia argumentam que essa regulamentação se baseia na Constituição Federal, que expressa em seus incisos VI ao VIII do artigo 5º, o direito à liberdade de consciência e religião.
Opiniões sobre a iniciativa
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH, a proposta merece apoio, pois busca garantir o direito dos trabalhadores e servidores públicos à folga nos dias de sua guarda religiosa.
Além disso, o projeto de lei estende sua proteção ao contemplar o direito do uso de adereços religiosos no local de trabalho, desde que não haja uma justificação legal para a proibição.
Benefícios para sociedade e empresas
O texto destaca também a importância deste projeto não apenas para a vida dos trabalhadores, mas também para a sociedade e empresas.
Ele defende que a liberdade religiosa é um princípio fundamental que precisa ser respeitado e protegido e, ao ser posto em prática, contribuirá para a preservação da diversidade cultural e promoção da dignidade humana.
Baseado no Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou cerca de 580 mil templos religiosos no Brasil, a discussão sobre os direitos trabalhistas e a liberdade religiosa vem ganhando cada vez mais destaque.
Agora, o desafio será alcançar uma legislação que equilibre as necessidades das empresas e os direitos e liberdades dos trabalhadores, sempre com respeito à diversidade e à garantia da dignidade humana.
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