Tentam botar um preço na desonestidade Tentam botar um preço na desonestidade
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Tentam botar um preço na desonestidade

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 24.08.2020 16:45 comentários
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Tentam botar um preço na desonestidade

Tentam botar um preço na desonestidade. Ninguém respondeu à pergunta sobre o motivo que levou Fabrício Queiroz a depositar 89 mil reais na conta de Michelle Bolsonaro, mas os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estabeleceram que a) a quantia não se compara ao roubo bilionário perpetrado pelo PT na Petrobras; b) que ninguém se preocupa com o doleiro Dario Messer que, em depoimento, disse ter repassado uma dinheirama aos donos da Rede Globo, na década de 1990...

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Tentam botar um preço na desonestidade
Contando-dinheiro. (2)

Tentam botar um preço na desonestidade. Ninguém respondeu à pergunta sobre o motivo que levou Fabrício Queiroz a depositar 89 mil reais na conta de Michelle Bolsonaro, mas os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estabeleceram que: a) a quantia não se compara ao roubo bilionário perpetrado pelo PT na Petrobras; b) deveríamos todos nos preocupar mesmo com o doleiro Dario Messer, que disse em depoimento ter repassado uma dinheirama aos donos da Rede Globo, na década de 1990.

Bolsonaristas tratam a Rede Globo, o seu maior alvo, assim como torcedor trata mãe de juiz. Portanto, vamos deixar de lado a conta de padaria de 1 bilhão de reais feita pelo presidente no Twitter, porque não envolve diretamente dinheiro público, eventuais crimes já prescreveram e a história é baseada em nada (Messer, ao que parece, não tem provas e os Marinho negam ter feito operações de câmbio com ele). Vamos nos concentrar nos bilhões do PT e seus cúmplices, estes, sim, surrupiados dos pagadores de impostos e já devidamente documentados por provas.

A questão é: só vale denunciar desvio ou roubo de dinheiro público a partir de quanto? De dezenas de milhões ou centenas de milhões de reais, como os obtidos por PT e companhia, em múltiplos esquemas? Se o cidadão com mandato opera um esquema de rachadinha, “que todo mundo faz”, de até, vejamos, nove milhões de reais (utilizemos a medida de um homem reto e vertical como Frederick Wassef), não vale denunciá-lo, não vale indignar-se? É perseguição política? Aliás, se “todo mundo faz”, dois erros fazem um acerto?

Ladrão de pouco dinheiro público é mais honesto do que ladrão de muito dinheiro público? Do ponto de vista da sentença condenatória, até pode ser. Mas isso não é padrão moral e não o torna inocente, convenhamos. E se o ladrão de pouco elegeu-se com o discurso do combate à corrupção? Isso talvez não seja um agravante, mas sem dúvida o torna mais hipócrita.

Há também que se levar em conta que ladrão de pouco pode se transformar em ladrão de muito. Basta ter a ocasião, como diz o provérbio. O ladrão de pouco, não raro, só não rouba mais porque não lhe foram dadas as condições para roubar muito. O PT começou roubando pouco, para financiar a “causa”, e acabou como protagonista do maior escândalo de corrupção que se tem notícia no mundo. Ou seja, punir o gatuno ainda minúsculo é uma homenagem que o presente presta ao futuro, depois de aprender com o passado. Funciona como a política de tolerância zero no combate à criminalidade nas ruas: se o sujeito comete pequenos atos de vandalismo no cotidiano, melhor lhe dar logo um corretivo, antes que ele se anime a assaltar munido de revólver.

A Lava Jato deveria ter deixado essa lição, mas serviu de pretexto para que pequenos meliantes passassem a nutrir maiores ambições e os ingênuos tentassem botar um preço na desonestidade.

 

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