A técnica de enfermagem cadastrada no sistema do Ministério da Saúde como responsável por vacinar Jair Bolsonaro (PL) contra a Covid nega ter imunizado o ex-presidente. A investigação da Polícia Federal aponta que os dados foram incluídos nos registros por meio de uma operação fraudulenta. Procurada pela revista piauí, a técnica Silvana de Oliveira Pereira disse que não trabalhava com a aplicação de vacinas na data indicada nos registros. “Eu desconheço tudo isso”, afirmou ela.

Ao todo, agentes da PF cumpriram seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão ontem, sendo um deles na casa de Bolsonaro. O ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a Operação Venire, determinou que a corporação faça oitivas com o Silvana e Diego da Silva Pires em até cinco dias.

Diego teria aplicado uma dose da vacina Pfizer contra a Covid no ex-presidente. Os dados apontam que a vacinação correu em agosto do ano passado, em Duque de Caxias (RJ). Já Silvana foi cadastrada como a profissional responsável pela aplicação de uma segunda dose da vacina Pfizer, em 14 de outubro de 2022, também em Duque de Caxias.

Bolsonaro voltou a dizer que não se vacinou e negou participação nas fraudes.