Tarcísio volta a negar candidatura presidencial
"Não tenho interesse e as pessoas próximas devem falar pelo seus próprios interesses. Não serei candidato", afirmou o governador de São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou novamente nesta terça-feira, 18, a hipótese de ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo.
“Não tenho falado com ninguém, não sou candidato, não tenho interesse e as pessoas próximas devem falar pelo seus próprios interesses. Não serei candidato”, disse Tarcísio.
Segundo o governador, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, é o candidato “da direita“.
“Nossa responsabilidade é trabalhar para que, em 2026, a prosperidade e a esperança retornem. E a nossa esperança é a maior liderança da direita, que hoje está no PL e que vai voltar a ser o nosso presidente da República, que é Jair Messias Bolsonaro”, afirmou nesta segunda, 17.
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Alternativa a Bolsonaro?
Enquanto o presidente Lula (PT) atingiu, no início de seu terceiro ano de governo, o pior índice de aprovação de seus três mandatos presidenciais, e Bolsonaro poderá ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta participação em tentativa de golpe de Estado, Tarcísio desponta como alternativa no espectro da direita.
Seu secretário de Governo, Gilberto Kassab, que preside o PSD e é tido como um dos maiores articuladores políticos do Brasil atualmente, reforça o coro, dizendo que a candidatura presidencial de Tarcísio é para 2030. Mas tudo mudaria caso Lula abrisse mão de tentar a reeleição, e esse cenário vai ficando mais próximo a cada pesquisa de popularidade.
Enquanto o petista amarga quedas sucessivas na aprovação, Tarcísio não apenas é bem avaliado pelos eleitores de São Paulo, como, a dois anos da eleição, é franco favorito a conseguir um segundo mandato. Pesquisa Real Time Big Data indicou que ele bateria facilmente até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), quatro vezes governador de São Paulo.
Bolsonaro ainda tenta se confirmar como o candidato da direita em 2026, mas precisará reverter a inelegibilidade.
Na segunda-feira, 17, o ex-presidente divulgou um vídeo para dizer que o impeachment de Lula não está na pauta das manifestações convocadas para 16 de março. Nem todos seus aliados concordam, e esse é mais um sinal de que Bolsonaro já não tem a mesma força de antes.
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