Tabata tenta fugir da polarização em São Paulo
A estratégia de Tabata Amaral vai na contramão dos seus principais adversários, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, e do atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB)...
Ao lançar a sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo nesta quinta-feira, 25, a deputada Tabata Amaral (PSB) tentou fugir da polarização entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A estratégia vai na contramão dos seus principais adversários, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, e do atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB).
“Temos uma desigualdade que grita na nossa cara. Basta andar no centro e ver crianças pedindo o que comer. A gente quer que o filho do pobre seja doutor. Que histórias como a minha e do meu irmão não sejam exceção”, disse Tabata.
Integrantes do PSB admitem que a pré-candidatura busca, justamente, não nacionalizar a disputa para tentar angariar apoio do centro. Por um lado Boulos aposta no apoio de Lula, enquanto Nunes conta com o aval do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ainda tenta trazer o ex-presidente Bolsonaro para o seu palanque.
A deputada afirmou que o presente que pode dar a São Paulo “é trabalhar e lutar para que essas duas cidades finalmente se encontrem e se tornem uma só”, que seja “boa para todo mundo”. O evento contou as presenças do apresentador José Luiz Datena, cotado para vice, e do ministro do Empreendedorismo, Márcio França.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) informou que não conseguiria comparecer por questões de agenda em Brasília, mas participou do evento por vídeo. A ausência física de Alckmin no evento foi vista nos bastidores como uma forma de o vice-presidente evitar embates com Lula.
No final do ano passado, durante uma reunião ministerial, o petista avisou que não queria “bola dividida” entre os integrantes do governo. Com a saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça, o PSB vai contar ainda com dois ministérios na gestão petista.
Apesar disso, integrantes do PSB afirmam que não existe a possibilidade de um acordo que resulte na retirada do nome de Tabata Amaral da disputa.
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