O Supremo Tribunal Federal da Suíça determinou que sejam repatriados US$ 16,3 milhões, equivalente a R$ 80 milhões, que estavam em uma conta de Paulo Maluf (foto).

O montante estava congelado pela Justiça do país europeu até então.

A secretária de cooperação internacional do Ministério Público Federal (MPF), Anamara Osório, destacou a relevância do veredito: “Representa um marco na luta contra a criminalidade econômica, evidenciando a eficácia da cooperação jurídica entre países“.

A ação do MPF, que resultou neste desfecho favorável, teve início com um pedido ao Judiciário suíço para obter informações financeiras e bloquear valores vinculados a Maluf.

O ex-prefeito de São Paulo foi condenado pelo STF em 2017 por lavagem de dinheiro.

Qual o destino do dinheiro repatriado?

A Advocacia-Geral da União (AGU) expressou otimismo quanto ao retorno breve desses recursos ao Brasil.

A expectativa é que o montante repatriado reforce os cofres públicos, contribuindo para ações e projetos em benefício da população.

Até o momento, Maluf não se pronunciou sobre a decisão.

A acusação central gira em torno da utilização de contas no exterior por Maluf para mascarar o desvio de verbas da Prefeitura de São Paulo, durante sua gestão entre 1993 e 1996.

O caso envolve a construção da Avenida Água Espraiada, hoje Avenida Jornalista Roberto Marinho.

Este episódio não é isolado na luta do Brasil pela recuperação de ativos: em uma ação anterior, R$ 34,9 milhões já haviam sido repatriados da ilha de Jersey, no Reino Unido.