Sóstenes: “Deputado eleito não se curva a ameaças de ministro do STF”
Líder do PL foi intimado pelo ministro Flávio Dino a explicar ameaça a acordo sobre emendas de comissão na Câmara

O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, afirmou neste domingo, 27, que parlamentar eleito “não se curva a ameaças” de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação nas redes sociais, o deputado disse que não aceitará “censura” ou “intimidação” após o ministro Flávio Dino, do STF, determinar que ele preste esclarecimentos sobre declarações relacionadas à gestão de emendas parlamentares. .
“O Parlamento é livre. Deputado eleito pelo povo não se curva a ameaças de ministro do STF. Fazemos política com transparência, dentro da Casa do Povo. E a luta pela Anistia é justa, constitucional e legítima. Não aceitaremos censura, não aceitaremos intimidação”, escreveu Sóstenes no X.
Em outra publicação, Sóstenes afirmou:
“Fui surpreendido pela imprensa com a notícia de que o Ministro Flávio Dino teria determinado minha intimação para prestar esclarecimentos sobre manifestações políticas realizadas no exercício do meu mandato.
Até este momento, não recebi qualquer notificação oficial.
Quando receber, a responderei com a firmeza, transparência e equilíbrio necessário!”.
Em entrevista ao jornal O Globo, Sóstenes havia sugerido que o PL poderia romper um acordo sobre o controle das emendas de comissão, feito com outros líderes partidários e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como forma de pressioná-lo a pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Anistia
O embate entre PL e Hugo Motta ganhou força na semana passada, após Sóstenes ameaçar romper com o presidente da Câmara caso o requerimento de urgência para votação da anistia não fosse incluído na pauta.
O requerimento de urgência para a anistia foi protocolado no dia 14, e, se fosse aprovado, permitiria a votação do projeto sem a necessidade de passar por comissões temáticas.
Sóstenes também afirmou que, se houvesse rompimento, o acordo de divisão de emendas poderia ser desconsiderado.
“Se for necessário colocar a corda no pescoço, como o STF e o governo fazem com ele, o rompimento até nisso pode afetar. Mas não queremos isso, porque somos cumpridores de acordo”, disse.
O requerimento teve 264 assinaturas no total. Entre os signatários, estão 146 deputados federais filiados a partidos com ao menos um ministro no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os nomes distribuídos entre União Brasil (40), PP (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20). O governo é contra o pedido e a proposta.
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Comentários (9)
Fausto Costa
29.04.2025 11:39Foram os próprios deputados que elegeram esse sacripanta para presidente da Câmara quando estava na cara que ele tinha uma agenda própria muito favorável ao governo. Agora reclamam de que?
Luiz Filho
28.04.2025 12:46Pode enfrentar se não tiver sendo chantageado por ministros do supremo por ter recebido gorjeta por emenda parlamentar. Mota está de calcinha na mão e de 4, prontinho para ser enrabado
CLAUDIO NAVES
28.04.2025 11:42Mostre ao presidenta da Camara que deputado tem que ter coragem !
Ernesto Herbert Levy
28.04.2025 10:07Usando um adjetivo inventado por Temer. Nosso congresso está acoelhado. Por que será?
Jorge
28.04.2025 10:06Deputado eleito não se curva a ameaças de ministro do STF, mas deputado eleito tem que cumprir a Lei. Em que pese os argumentos do Deputado Sóstenes, ele está pregando a desobediência à Lei.
Luis Eduardo Rezende Caracik
28.04.2025 05:47Que tal parar de se agachar para Bolsonaro?
eduardo henrique da silva mattos
27.04.2025 21:39Avante Sóstenes
Fabio B
27.04.2025 17:08Se o Legislativo continuar agachado diante do STF, já podemos fechar o Congresso e entregar as chaves. O Judiciário se arvora acima dos eleitos porque sabe que a maioria dos deputados e senadores hoje é covarde, ignorante ou vendida. É triste ver que, mesmo sendo o poder mais legítimo, o tal "eleito pelo povo", o Legislativo aceita ser tratado como vira-lata pela dobradinha Lula + STF. A verdade é simples: se não houver confronto direto, institucional e público dos chefes do legislativo, tipo, rasgar mesmo decisão do STF que extrapola suas competências, o Congresso continuará irrelevante e humilhado.
ANDRÉ MOURA MOREIRA
27.04.2025 16:18Se não enfrentar, não vai dar. O Poder Legislativo é o poder democrático, só falta coragem para os parlamentares atuais. É quem tem poder de verdade, mas falta coragem , repito