Sobe o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul
A primeira morte por leptospirose foi confirmada no dia 20 do mês passado. A vítima de 67 anos que residia na cidade de Travesseiro
Um surto de leptospirose está assolando o estado do Rio Grande do Sul, com o número de mortes chegando a 13, de acordo com um informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira. Os casos estão relacionados com as enchentes que têm atingido várias cidades gaúchas nos últimos meses.
O governo ainda está investigando outros sete casos de óbito para confirmar se eles foram realmente causados pela doença. Até o momento, já foram notificados 3.658 casos, dos quais 242 foram confirmados como leptospirose, informou reportagem do O Globo.
Primeira morte por leptospirose
A primeira morte causada pela doença foi confirmada no dia 20 do mês passado. A vítima foi um homem de 67 anos que residia na cidade de Travesseiro. Atualmente, os municípios mais afetados são Porto Alegre, Canoas e Sapucaia do Sul, que apresentam a maior quantidade de casos notificados.
A leptospirose é uma doença transmitida pela bactéria Leptospira, que pode ser contraída através da pele, especialmente se houver lesões abertas, por meio da exposição direta ou indireta à urina de ratos ou outros animais contaminados.
Durante enchentes, a urina desses animais pode se misturar à água e ser disseminada até alcançar os seres humanos. A infecção é considerada febril aguda, provocando febre alta e apresentando um risco de letalidade de até 40% nos casos mais graves, segundo o Ministério da Saúde.
Nísia projeta 1,6 mil nos casos de leptospirose no RS
O Ministério da Saúde divulgou uma projeção preocupante para os casos de leptospirose no estado do Rio Grande do Sul. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, até 1,6 mil casos da doença podem ser registrados em decorrência das recentes enchentes que atingiram os municípios gaúchos. Esse número é quatro vezes maior do que o total de casos contabilizados ao longo de todo o ano de 2023, que foi de 400 casos.dos.
Os sintomas iniciais incluem febre igual ou superior a 38 graus Celsius, dor na região lombar ou na panturrilha e conjuntivite. Já os sinais de alerta para gravidade podem surgir a partir da segunda semana e envolvem sintomas como tosse, hemorragias ou insuficiência renal.
Testes para leptospirose
A ministra ressaltou a importância de buscar tratamento imediato ao apresentar os sintomas da doença. Ela destacou que há testes disponíveis para diagnóstico e que o tratamento deve ser iniciado assim que os sintomas forem verificados. Além disso, é fundamental que as pessoas não se automediquem e busquem atendimento médico adequado.
Para enfrentar essa situação, representantes do Ministério da Saúde se reuniram com gestores municipais da região, representantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e sociedades científicas do Rio Grande do Sul. O objetivo foi discutir ações de enfrentamento às patologias causadas pelas enchentes e temporais que atingiram o estado nas últimas semanas.
Tratamento da doença
Diante do aumento expressivo de casos no estado, o Ministério da Saúde recomendou uma nova abordagem para o tratamento da leptospirose no Rio Grande do Sul. De acordo com o órgão, o tratamento deve ser iniciado imediatamente em casos suspeitos, sem a necessidade de confirmação laboratorial da infecção.
A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas como febre e dores busquem imediatamente um serviço de saúde, especialmente se tiverem tido contato com água de enchente.
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