Sindicatos do servidores federais querem reajuste salarial de 34% para 2024
Entidades levaram em conta a inflação acumulada de maio de 2016 a dezembro de 2023, além das inflações projetadas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo para 2024 e 2025.
Entidades representantes dos servidores federais estabeleceram um consenso para reivindicar um reajuste salarial para 2024. Com informações do portal Extra/Globo.
Após realizarem reuniões nas últimas semanas com o objetivo de unificar uma proposta, as entidades apresentaram sua contraproposta no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Proposta sindical para reajuste dos salário dos servidores federais
O documento entregue ao MGI apresenta uma orientação para a recomposição salarial dividida em dois blocos.
O primeiro propõe um reajuste de 34,32%, dividido em três parcelas iguais de 10,34% para 2024, 2025 e 2026.
Essa proposta se destina aos servidores federais que em 2015 firmaram acordos salariais por dois anos (2016 e 2017).
Sob a mesma lógica, foi apresentado um segundo bloco para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019).
Nestes casos, a proposta inclui um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06%, a partir de 2024.
Além destes pontos, a proposta unificada também reivindica a equiparação de benefícios (alimentação, creche e per capita de saúde) e mais agilidade nas negociações específicas com diferentes categorias.
O impasse com o governo
No final do ano passado, o governo federal formalizou sua proposta de reajuste de benefícios e reestruturação de carreiras.
A sugestão incluiu um ajuste salarial que totaliza 9% em duas parcelas iguais, a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
Considerando o aumento anual desse período, o acumulado chegaria a 19,03% entre 2023 e 2026.
Para este ano, o Executivo propôs uma readequação nos valores dos benefícios concedidos aos servidores públicos.
Caso a proposta seja aceita, o auxílio-alimentação saltaria de R$ 658 para R$ 1 mil, a contrapartida dos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215, e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.
Em suma, os auxílios teriam um reajuste de 51,06%.
Expectativa sindical
No embate com o governo, os sindicatos planejam argumentar com base em um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que considerou as perdas e reajustes dos últimos anos.
A entidade levou em conta a inflação acumulada de maio de 2016 a dezembro de 2023, além das inflações projetadas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo para 2024 e 2025.
Com base nessas informações, os sindicatos pretendem peticionar reajustes de 29,49% e 18,30% a serem divididos em três anos (2024, 2025 e 2026).
Com essa contraproposta, as organizações sindicais esperam sensibilizar o governo quanto à necessidade de melhorias salariais para a categoria, considerando o cenário inflacionário atual e as previsões para os próximos anos.
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