Dezenas de funcionários da Caixa Econômica Federal no topo da carreira estão lotados em agências bancárias ou subaproveitados, diz a Folha de S. Paulo. Neste cenário, funcionários de alto escalão foram transferidos para atividades de início de carreira.

A reportagem menciona que há casos de ex-dirigentes com salários de até R$ 45 mil dividindo as mesmas funções com servidores recém-ingressados no banco que ganham cerca de R$ 3 mil e realizam tarefas como organizar filas.

Os casos estão sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho. “Em um documento enviado ao órgão, a Caixa afirma que, só em Brasília, 123 funcionários foram transferidos da matriz para agências bancárias em um intervalo de 90 dias entre o final de 2020 e o começo de 2021”, afirma o jornal.

No entanto, entidades sindicais que representam os bancários dizem que o número é maior. Em fevereiro, o inquérito foi prorrogado por um ano. Funcionários do banco ouvidos pela Folha de S. Paulo afirmam que foram alvos de retaliação por terem ocupado altos cargos nos governos petistas ou por causa de atritos com a gestão de Pedro Guimarães, que pediu demissão da presidência da instituição no final do mês passado, após acusações de assédio sexual.

Em nota, a Caixa afirmou que “realiza a movimentação interna de seus empregados conforme a legislação em vigor e observando as necessidades estratégicas do banco”.