Senadores vão ao STF para tentar visitar Braga Netto na prisão
A ideia dos sernadores é usar das prerrogativas parlamentares para visitar o ex-colega de Esplanada dos Ministérios

O ex-vice-presidente e senador Hamilton Mourão (Republicanos) e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), vão ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir autorização para visitar o ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro Walter Braga Netto na prisão.
Como mostramos, Braga Netto foi preso preventivamente por, na visão de Moraes, oferecer risco à ordem pública e por tentar obstruir as investigações sobre o suposto plano para se dar um golpe de Estado no Brasil e para neutralizar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
A ideia tanto de Marinho quanto de Mourão é usar das prerrogativas parlamentares para visitar o ex-colega de Esplanada dos Ministérios.
Além de ex-colegas de governo Bolsonaro, Marinho é colega de partido de Braga Netto. Marinho é secretário-geral do PL; Braga Netto, secretário de Relações Institucionais da sigla.
Braga Netto está alojado na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro e não há expectativa de ele ser transferido para Brasília.
Acusações contra Braga Netto
Braga Netto é investigado por tentar acessar informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em depoimento à PF, Mauro Cid afirmou que o general e outros intermediários entraram em contato com seu pai, o general Mauro Lourena Cid, buscando detalhes sobre a colaboração premiada.
Defesa e reação
A defesa do general negou qualquer tentativa de obstrução e afirmou que não há fundamento para a prisão preventiva.
Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) justificou a medida como necessária para evitar interferências no caso.
A PGR ainda avalia os resultados das investigações para decidir se apresentará denúncias formais contra os indiciados.
A Operação Contragolpe investiga eventos ligados à tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022. O inquérito da PF, concluído no início de dezembro, indiciou 37 pessoas por crimes como conspiração, obstrução de justiça e planejamento de atos contra o Estado democrático de direito.
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