Senador pede ao TCU suspensão de licitação milionária de pesquisa bolsonarista
Após O Antagonista revelar a intenção do governo federal de contratar uma pesquisa de opinião pública por R$ 20 milhões, em pleno ano eleitoral, para avaliar a administração Jair Bolsonaro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou com uma representação...
Após O Antagonista revelar a intenção do governo federal de contratar uma pesquisa de opinião pública por R$ 20 milhões, em pleno ano eleitoral, para avaliar a administração Jair Bolsonaro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou com uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar suspender o processo licitatório.
De acordo com o edital, os serviços de pesquisas custarão R$ 19,8 milhões. Serão R$ 2,8 milhões destinados para levantamentos de caráter qualitativo e R$ 17 milhões usados para encomendar as pesquisas quantitativas. O valor global é aproximadamente o dobro do que gastaram Dilma Rousseff (PT), em 2013, e Michel Temer (MDB), em 2018, quando foram feitas as últimas licitações para esse tipo de serviço.
Para Randolfe, a contratação desse tipo de serviço, em pleno ano eleitoral e no momento em que Jair Bolsonaro não consegue crescer nas pesquisas, pode ser configurado como abuso de poder político e até crime eleitoral. Além disso, o senador sugere haver indícios de sobrepreço na contratação.
“Qual é o interesse público em proceder a pesquisas de opinião pública apenas agora, quando já se passaram três dos quatro anos do mandato? Ora, sem muitas elucubrações, é evidente que se trata puramente de um interesse pessoal eleitoreiro: Bolsonaro quer se utilizar de recursos públicos, sob o manto de uma licitação pública, para ganhos puramente pessoais e políticos de seu clã”, afirma o parlamentar.
“O presidente da República, por meio do seu Ministério das Comunicações, procura ganhar benefícios puramente pessoais, de índole eleitoral, sob o revestimento de um manto de legalidade: uma licitação para a contratação de empresas especializadas em pesquisas de opinião pública. Há evidente desvio de finalidade nisso”, acrescentou o parlamentar.
E mais:
“Se o presidente realmente acha importante fazer pesquisas – o que efetivamente parece ser, para a melhor prestação de serviços públicos -, por que deixou tal contratação apenas para os últimos suspiros de seu mandato, às vésperas do pleito eleitoral?”
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