Sem Eduardo Leite, PSD tende a liberar apoio ao Planalto
Com a decisão de Eduardo Leite (foto) de continuar no PSDB, o partido de Gilberto Kassab, o PSD, que tentava atrair o governador gaúcho, agora tende a, pelo menos oficialmente, liberar o apoio de suas bancadas na corrida presidencial deste ano...
Com a decisão de Eduardo Leite (foto) de continuar no PSDB, o partido de Gilberto Kassab, o PSD, que tentava atrair o governador gaúcho, agora tende a, pelo menos oficialmente, liberar o apoio de suas bancadas na corrida presidencial deste ano.
Antes de Leite, Kassab apostou em uma não confirmada pré-candidatura presidencial de Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado, que chegou a trocar o DEM pelo PSD. O dirigente partidário continua dizendo que buscará uma candidatura própria, mas as chances de que isso se concretize se tornaram praticamente nulas.
“O PSD recebe com serenidade a decisão do Eduardo Leite. O convite foi formulado e ele fez as reflexões dele. Agora, o partido vai discutir internamente nomes que poderão ser avaliados para ser o nosso candidato. Continua a diretriz de candidatura própria”, disse Kassab a este site.
Paulo Hartung, o ex-governador do Espírito Santo que se filiou recentemente ao PSD, muito dificilmente toparia, a esta altura, encarar uma campanha presidencial.
Com petistas e bolsonaristas em seus quadros, Kassab acabará sendo forçado a confirmar a liberação do apoio das bancadas, segundo deputados e senadores ouvidos por O Antagonista.
“O PSD no Nordeste é todo Lula. No Centro-Oeste e no Norte, está dividido. No Sul e no Sudeste, a grande maioria é Bolsonaro. Então, ele [Kassab] vai ter que liberar, eu penso que sim”, disse um deputado, pedindo reserva.
“Nunca houve consenso sobre candidatura própria. Esse negócio de inventar candidato não dá certo. E quem lança um nome para ‘marcar posição’ é esquerda ou direita. O PSD ‘marcar posição’ não faz sentido”, afirmou outro parlamentar.
Ainda no fim de janeiro, em reunião privada, como noticiamos, o líder do PSD na Câmara, deputado Antonio Brito, dizia aos colegas que, se a candidatura própria não vingasse, o partido liberaria seus mandatários nos estados. O Antagonista soube que integrantes do PSD não estavam gostando da ideia de ter que dividir fundo partidário com um recém-filiado, caso Eduardo Leite tivesse topado disputar o Planalto pela legenda.
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