Sem acordo, pacote fiscal na Câmara vira ‘barata voa’
De Psol a PL, parlamentares indicam que legendas ainda não definiram orientação sobre o tema
O futuro do pacote de cortes de gastos enviado pelo governo ao Congresso permanece incerto. Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), debate com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, mudanças no Fundo Constitucional do DF, a indefinição domina o plenário sobre as propostas do governo.
Do Psol ao PL, parlamentares indicam que ainda não há orientação clara dos partidos sobre o tema. Enquanto deputados contrários à proposta demonstram preocupação com a possibilidade de votação tanto da urgência quanto do mérito, integrantes da base governista reconhecem que, diante da falta de apoio, a própria urgência pode nem sequer ser votada.
Oposição
A oposição critica as proposta dos governo, apontando incoerência da gestão petista para tratar do assunto. “O governo Lula não tem tradição em austeridade e responsabilidade fiscal. Fazer corte de gastos mantendo 40 ministérios é, no mínimo, incoerente. O governo passou dois anos torrando dinheiro público, e agora, faltando duas semanas para o recesso, quer iludir a população brasileira”, disse o deputado Sanderson (PL-RS) a O Antagonista.
O presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Joaquim Passarinho (PL-PA) afirmou que a proposta de corte de gastos do governo “não se sustenta”. E apostou que nem a urgência sobre as propostas que tratam do tema deve ser votada, nesta quarta-feira,04.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) apostou que a urgência, que consta na ordem do dia da Câmara, deve ser retirada de pauta.
Governo não tem votos
Como mostramos, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu mais uma demonstração de força ao comentar a tramitação das propostas que abrangem o pacote de corte de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso. Lira sinalizou que as propostas avançarão ao garantir que “o Congresso não vai faltar”, mas destacou que esforço pelas aprovações será feito apesar da capacidade de articulação do governo, que segundo ele, não tem votos para aprovar a urgência das tramitações.
A fala foi entendida por membros do Congresso como uma provocação ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, desafeto de Lira. Oportunidade para o chefe da Casa Legislativa mostrar ao governo o diferencial de “seu prestígio” sobre as votações.
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