Segundo a ONU, fenômeno El Niño pode persistir até 2024
O fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, que está associado ao aumento das temperaturas globais e à ocorrência de eventos climáticos extremos, pode durar até 2024, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU)...
O fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, que está associado ao aumento das temperaturas globais e à ocorrência de eventos climáticos extremos, pode durar até 2024, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo um boletim divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), há uma probabilidade de 90% de que o ciclo do El Niño persista até abril de 2024, atingindo valores correspondentes a um episódio intenso.
O relatório da OMM aponta que em setembro deste ano as temperaturas da superfície do mar no Pacífico equatorial centro-leste apresentaram intensidades moderadas, enquanto no Pacífico equatorial leste as temperaturas estiveram acima da média. Nos últimos quatro meses, houve um aumento constante na temperatura da superfície do mar e espera-se que essas temperaturas continuem a subir nos próximos meses, embora de forma mais fraca, dependendo das reações atmosféricas-oceânicas.
Os pesquisadores preveem que o episódio do El Niño poderá perder força gradualmente durante a próxima primavera no hemisfério norte (outono no hemisfério sul), com base em observações de episódios anteriores e nas previsões de longo prazo. No entanto, a probabilidade de ocorrer um resfriamento causado pelo fenômeno La Niña é praticamente nula.
Apesar disso, os cientistas não descartam a possibilidade de 2023 se tornar o ano mais quente da história. O documento ressalta que o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, causado pela atividade humana, está contribuindo de forma clara e inequívoca para o aumento das temperaturas. Essa tendência resultará em fenômenos extremos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas intensas, inundações e enchentes, que terão impactos significativos em várias regiões.
“O aumento das concentrações de gases com efeito de estufa induzidos pelo homem, que retêm o calor na atmosfera, está contribuindo de maneira clara e inequivocamente para o aumento das temperaturas“, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
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