Em junho de 2018, falando a alunos de um curso preparatório para concurso público, o deputado federal Eduardo Bolsonaro fez a seguinte declaração: “Se quiser fechar o STF […] manda um soldado e um cabo.”

Foi uma declaração inconsequente, é claro, que veio à tona no final da campanha presidencial, é igualmente claro.

A reação veio em peso: notas e declarações de reprovação dos ministros do STF Celso de Mello, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes; da ex-corregedora de Justiça Eliana Calmon e do general Hamilton Mourão.

O próprio Jair Bolsonaro condenou: “Não é porque é meu filho que vai ficar isento”.

Eduardo pediu desculpas.

Os petistas, é claro, aproveitaram o deslize para anunciar o estabelecimento iminente da ditadura no país e blá-blá-blá.

Ficaram calados sobre o plano de governo de Fernando Haddad, que previa controlar o Judiciário, e fizeram de conta que não ouviram quando o deputado Wadih Damous, aquele que quer tirar o presidiário da cela de qualquer maneira, disse que “tem que fechar o Supremo Tribunal Federal”.

Para variar.