“Se a ideia era proteger a economia, a 1ª coisa a ser feita seria controlar a pandemia”
"São tantos os estragos causados pela pandemia de Covid-19, no Brasil e no mundo, que muitas vezes vejo as pessoas perguntando: precisava ser assim?", diz o epidemiologista Pedro Hallal (foto) na Folha. No artigo, Hallal diz que muitas mortes poderiam ter sido evitadas no país...
“São tantos os estragos causados pela pandemia de Covid-19, no Brasil e no mundo, que muitas vezes vejo as pessoas perguntando: precisava ser assim?”, diz o epidemiologista Pedro Hallal (foto) na Folha.
No artigo, Hallal diz que muitas mortes poderiam ter sido evitadas no país.
“A Austrália, que também tem dimensões territoriais, e que também tem boas estatísticas em saúde, teve 59 mortes para cada 1 milhão de pessoas, contra 2.818 mortes para cada 1 milhão de pessoas no Brasil. A mortalidade por Covid-19 no Brasil é 47 vezes maior do que a da Austrália e cinco vezes maior do que na média de todos os outros países (fora o Brasil).”
O epidemiologista também critica o discurso do governo Bolsonaro de que não é possível preservar vidas na pandemia e cuidar da economia ao mesmo tempo.
“O discurso empregado desde o começo da pandemia de que havia uma encruzilhada entre proteger a saúde ou a economia é falso. Dados de pandemias e epidemias ao longo da história, e da própria pandemia de Covid-19, mostram que o controle da pandemia é o fator mais importante para a recuperação econômica. Em outras palavras, se a ideia era proteger a economia, a primeira coisa a ser feita seria controlar a pandemia.”
Hallal ainda afirma que “o discurso falacioso sobre a eficácia do tratamento precoce” contribuiu para muitas mortes no Brasil e que a CPI “escancarou redes de corrupção na compra de vacinas e no Ministério da Saúde em geral, além de trazer à população informações assustadoras sobre experimentos antiéticos realizados com seres humanos”. O epidemiologista foi ouvido pela comissão em 24 de junho.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)