Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), em fevereiro de 2024, houve um saque líquido de R$ 3,824 bilhões na caderneta de poupança.

Este valor ultrapassou os depósitos.

Esse fato repete o movimento observado no mês anterior, janeiro, onde os saques somaram R$20,149 bilhões.

Em fevereiro de 2024, os saques chegaram a R$ 11,515 bilhões.

Como fica os cenário de juros altos ?

Os sucessivos saques na poupança vêm ocorrendo diante de um cenário onde os juros continuam altos, tornando a caderneta de poupança um investimento menos atraente.

Apesar do BC ter reduzido a taxa básica Selic de 13,75% para 11,25%, é esperado para este mês um novo corte de 0,5 ponto percentual.

Queda dos juros e inflação atingem rendimento da poupança

De acordo com Amarildo José Rodrigues, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, historicamente, a poupança sempre foi uma das preferências dos brasileiros como forma de aplicação financeira, devido à sua simplicidade e segurança.

No entanto, declínios nos níveis de juros combinados com a inflação têm gerado impactos negativos no desempenho da poupança.

Isso tem levado muitos investidores a buscarem novas estratégias de investimento.

Diversificação em ambiente de juros baixos

Para Amarildo, diante desse quadro de juros mais baixos, torna-se crucial diversificar os investimentos para potencializar ganhos e minimizar riscos.

“Investir em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e títulos públicos, tornou-se uma alternativa atraente.

Essas opções oferecem retornos mais interessantes do que a poupança e são consideradas de baixo risco.

Contudo, mesmo tendo rentabilidades superiores, é essencial analisar os prazos e condições oferecidas por cada instituição”, finaliza Amarildo.