O estado de São Paulo registrou um aumento significativo nos casos de febre amarela em 2025, com 20 mortes confirmadas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Este aumento contrasta com o ano anterior, 2024, quando apenas dois casos foram registrados, resultando em uma morte. A situação atual destaca a necessidade de intensificar as medidas de prevenção e controle da doença.

Até o momento, foram confirmados 32 casos de febre amarela em 2025, com a maioria dos casos concentrados na região de Campinas. Outras regiões afetadas incluem Bauru, Piracicaba e São José dos Campos. Além disso, dois casos foram importados de Minas Gerais, e dois ainda estão sob investigação para determinar o local de infecção. Este é o maior número de casos e mortes desde 2018, quando o estado enfrentou um surto significativo.

O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus Flavivirus, transmitida pela picada de mosquitos infectados. A doença pode variar de formas leves a graves, com potencial para ser fatal. Os sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e fadiga. Embora muitos pacientes se recuperem após os sintomas iniciais, cerca de 15% podem desenvolver uma forma mais grave da doença.

A febre amarela ocorre principalmente entre dezembro e maio, período de calor e chuvas intensas no Brasil, condições que favorecem a proliferação dos mosquitos. A doença apresenta dois ciclos de transmissão: o ciclo urbano, que não é registrado no Brasil desde 1942, e o ciclo silvestre, onde os mosquitos Haemagogus e Sabethes são os principais vetores.

Por que a vacinação é essencial?

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a febre amarela. A vacina, disponível há mais de 70 anos, é segura e confere imunidade vitalícia. No Brasil, o imunizante está disponível no Sistema Único de Saúde para bebês a partir de 9 meses de idade. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo reforça a importância da vacinação, especialmente para aqueles que planejam viajar para áreas rurais e de mata.

De acordo com a médica infectologista Tânia Chaves, a vacinação é crucial para evitar surtos da doença. Além disso, a morte de macacos por febre amarela serve como um alerta para as autoridades de saúde intensificarem a vacinação e as medidas de prevenção.

Como as autoridades estão respondendo ao surto?

Em resposta ao aumento dos casos, as autoridades de saúde de São Paulo estão intensificando as ações de vigilância e promovendo campanhas de vacinação. A região de São José dos Campos, por exemplo, está realizando buscas ativas para imunizar a população contra a febre amarela. Essas medidas são essenciais para controlar a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.

O surto atual serve como um lembrete da importância contínua da vigilância e da vacinação na prevenção de doenças infecciosas. A cooperação entre autoridades de saúde, profissionais médicos e a população é fundamental para enfrentar esse desafio de saúde pública.