Salles diz que troca de integrantes pode comprometer trabalhos da CPI do MST
O relator da CPI do MST, Ricardo Salles, afirmou que o aprofundamento de investigações da CPI do MST pode ser comprometido com a troca de integrantes do colegiado. Ele citou a quebra de sigilos como exemplo...
O relator da CPI do MST, Ricardo Salles, afirmou que o aprofundamento de investigações da CPI do MST pode ser comprometido com a troca de integrantes do colegiado. Ele citou a quebra de sigilos como exemplo.
“Nós já temos muito material a indicar o envolvimento político do PT, do PSOL e de representantes desses partidos nas invasões de propriedades, o envolvimento do governo até o pescoço. Nós íamos aprofundar mais, com quebras de sigilo para mostrar onde o dinheiro que foi indevidamente para cooperativas, no bolso de quem foi parar. Isso sem a quebra de sigilo bancário não é possível”, falou.
Ele também criticou esse movimento das lideranças partidárias e disse que a anulação da convocação do ministro Rui Costa, aprovada pela comissão no início da semana, teve “cunho político”.
“Eu entendo que foi um acolhimento de cunho muito mais político do que técnico, mas é prerrogativa do presidente da Casa fazê-lo. Creio que essa decisão de acolher o pedido do PT se alinha com a troca que houve hoje na CPI de sete membros.”
A nulidade da convocação foi decretada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na manhã desta quarta-feira (9). Costa deveria ser ouvido pelo colegiado à tarde. Horas depois, lideranças de partidos como o União Brasil e o Republicanos indicaram a troca de integrantes da comissão. Com isso, a CPI que tinha maioria de oposicionistas, passou a ter maioria de governistas.
“Esses sete membros que foram trocados fazem o governo ter maioria na CPI do MST. Consequentemente isso impede que a gente apresente recursos ou pedidos para serem aprovados”, completou Salles.
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