Saidinhas deixam rastro de crimes que poderiam ser evitados
Reportagem da edição mais recente da revista Crusoé, assinada por Carlos Graieb e Wilson Lima, aborda a questão das saídas temporárias de presos no...
Reportagem da edição mais recente da revista Crusoé, assinada por Carlos Graieb e Wilson Lima, aborda a questão das saídas temporárias de presos no Brasil, a chamada “saidinha”.
Neste início de 2024, causou indignação o caso do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, assassinado por Welbert de Souza Fagundes, bandido condenado a 13 anos de prisão por roubo e que já havia cometido crimes em três saídas anteriores.
Todos os anos, as saidinhas deixam um rastro de crimes que poderiam ter sido evitados.
“É fato, contudo, que uma evasão de 5% ou 4% num universo de cerca de 35.000 presos com direito a ‘saidinha’ em São Paulo não pode ser considerada insignificante: são mais de 1.500 bandidos que voltam a circular, certamente com más intenções. Além disso, dizer que as estatísticas não registram picos de atividade criminosa durante as ‘saidinhas’ não tem significado nenhum para gente vitimada por bandidos que deveriam estar presos, como o sargento Roger e seus familiares. Melhor dizendo: mencionar estatísticas é uma agressão a mais contra essas pessoas. O fato perverso nesses casos é que o sistema judiciário não soube triar adequadamente os detentos que podiam estar fora das celas e aqueles que deveriam ter passado o fim de ano na prisão, por representarem um risco para os cidadãos à sua volta.
Tal como está sendo redesenhado no Senado, o projeto de lei que modifica as saídas temporárias é uma solução de compromisso. Imporá um novo ônus aos presos que respeitam as regras das “saidinhas” em datas festivas e voltam no momento certo, para impedir que crimes evitáveis continuem acontecendo, ano após ano.”
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