A reforma ministerial do governo Lula mira os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Deputados e senadores ouvidos por O Antagonista afirmam que o ministério ofertado a Pacheco foi o da Justiça, atualmente chefiado pelo ex-ministro Supremo, Ricardo Lewandowski. O presidente do Senado já teria entrado em acordo e confirmado o embarque no governo Lula.

“Ele foi aliado do Lula desde o início e o acordo era o STF, após o Dino “roubar” a cadeira, fiquei sabendo que lula irá colocá-lo no ministério da Justiça”, afirmou um senador em caráter reservado.

Reforma ministerial

O presidente Lula anunciou uma reforma ministerial para o início deste ano. As mudanças devem afetar o PT, que atualmente comanda 11 dos 38 ministérios. As negociações entre Planalto e partidos do centrão estão em curso.

‘Lira é alvo’

 A base governista no Congresso não deixa dúvida sobre o interesse no prestígio político de outro player do Congresso: o presidente da Câmara: Arthur Lira, para compor o elenco da Esplanada.

Diferente de Pacheco, Lira, que ainda estaria em negociação com o governo petista.

O Ministério da Saúde foi alvo das intenções do alagoano durante os últimos anos. Lira, que, segundo interlocutores, tentou emplacar o líder de seu partido na Câmara, o deputado Dr. Luizinho, como chefe da pasta, agora teria imposto como condição para sua ida à Esplanada o comando do ministério liderado por Nísia Trindade.

A chefia do ministério da Casa Civil, também cobiçado pelo MDB, seria outro posto desejado por Lira.

Em caráter reservado, um dos dirigentes do Partido Progressistas (PP), legenda que acomoda o atual presidente da Câmara, confirma que a intenção de Lira em integrar o Executivo “não é de hoje”. Mas não aposta que o político e o Planalto chegarão em consenso para encerrar as negociações de modo que o alagoano embarque no governo Lula.