O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), convidou o presidente da Câmara Municipal da capital, Milton Leite (União Brasil), para um jantar no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira, 14, o encontro teve como principal pauta a privatização da Sabesp.

De acordo com o Painel da Folha de S. Paulo, Além de Tarcísio e Leite, estiveram presentes na reunião Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, responsável por encaminhar o projeto de desestatização, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que já manifestou apoio à ideia.

Desde o início do mandato estadual, Tarcísio tem trabalhado para reduzir a influência de Leite no governo. Durante as administrações de João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB), o presidente da Câmara exerceu grande poder, especialmente na área de Transportes.

A tensão entre os dois atingiu seu ápice em junho, quando os deputados estaduais do União Brasil obstruíram a votação de um projeto do governador na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Os líderes do partido criticaram Tarcísio pela demora na nomeação de cargos, enquanto o governo argumentava que não mudaria sua postura.

O principal projeto da gestão Tarcísio é a venda da Sabesp, porém, para que ele avance, será necessário obter autorização da Câmara Municipal de São Paulo.

Leite tem afirmado que a proposta do governo não oferece informações suficientes para avançar na discussão, como o valor estimado para a venda das ações da empresa. Até o momento, o estado ainda não divulgou quanto pretende arrecadar com essa privatização.

O presidente da Câmara também cobra a definição da parcela da outorga que será repassada para o município. Segundo ele, a cidade deve receber 55% do valor da venda para aceitar a prorrogação do contrato de 2040 para 2060, uma vez que essa fatia representa uma parte significativa do faturamento da estatal.

Segundo o jornal paulistano, Leite afirma que o governador teve uma postura aberta, democrática e transparente durante a reunião desta quinta-feira, na qual tanto a Câmara Municipal quanto o Governo de São Paulo puderam expor seus pontos de vista sobre a privatização da Sabesp.

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