Ruy Goiaba na Crusoé: Em defesa da alienação
Em sua coluna na Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (28), Ruy Goiaba (foto) explica por que não aguenta mais a hiperpolitização da vida no Brasil, que está chegando a níveis sufocantes —nas redes sociais e fora delas— nos dias que antecedem o segundo turno...
Em sua coluna na Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (28), Ruy Goiaba (foto) explica por que não aguenta mais a hiperpolitização da vida no Brasil, que está chegando a níveis sufocantes —nas redes sociais e fora delas— nos dias que antecedem o segundo turno.
“Imagine que você trabalha numa mina de carvão, chega em casa exausto e quer se distrair vendo alguma besteira na internet: clica nos stories do Instagram —você é um mineiro moderno — e só o que vê é gente morrendo de trabalhar em minas de carvão, um story após o outro, até o infinito. Fora o fato de que o jornalismo ainda é menos desgastante que trabalhar nas minas, essa é a sensação que tenho, como jornalista que cobre política, ao ver as pessoas falando apenas de política, 24/7, non-stop, como se os stories vistos por meia dúzia de três ou quatro no Insta tivessem algum poder de virar voto e salvar o Brasil (para ser justo: alguns sabem que não tem, só querem sinalizar que estão do lado certo mesmo). (…)
‘Você não sabe O QUE ESTÁ EM JOGO nesta eleição?’, perguntaria alguém, com essa caixa-alta dramática. Sei, sim, e jamais minimizaria a importância de um evento que vai definir o que será do Bananão nos próximos anos (…). No entanto, por mais que eu entenda plenamente as razões para isso, as pessoas estão tão alucinadas que passei a achar que teria sido melhor mesmo acabar no primeiro turno, nem que fosse o Eymael (um democrata cristão) com 50% + 1 dos votos, só para os surtados com política pararem de encher o saco.”
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