Ruy Goiaba na Crusoé: 200 anos de farsa
Na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta (9), Ruy Goiaba (foto) aborda a cerimônia do Dia da Independência, com o "imbrochável" Jair Bolsonaro, e defende a tese de que é necessário algum grau de farsa nas datas comemorativas...
Na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta (9), Ruy Goiaba (foto) aborda a cerimônia do Dia da Independência, com o “imbrochável” Jair Bolsonaro, e defende a tese de que é necessário algum grau de farsa nas datas comemorativas.
“[O quadro de Pedro Américo] é uma falsificação histórica (eu sei, há quem prefira chamar de ‘representação artística livre’ do grito do Ipiranga). A tela, de 1888, é basicamente um plágio do quadro do pintor francês Ernest Meissonier sobre a Batalha de Friedland, concluído em 1875. O artista plástico brasileiro substituiu a figurinha de Napoleão pela de dom Pedro I — que aparece montado num garboso corcel, e não no lombo do burro que o imperador costumava usar como transporte. Fora o fato de o próprio 7 de Setembro nem sempre ter sido em 7 de setembro: a Independência do Brasil já foi comemorada em 12 de outubro, dia do aniversário e da coroação de Pedro I. Depois que o monarca se pirulitou do Brasil para ser o Pedro IV de Portugal, a data passou a ser o aniversário de Pedro II, 2 de dezembro. Não pegou, como costuma acontecer com certas leis aqui, e o 7 de Setembro ganhou a parada.
Ou seja, o Dia da Independência é essencialmente uma farsa — mas uma farsa socialmente aceita, uma convenção, como costuma ser a maioria das datas comemorativas.”
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