Ruy Goiaba e a banalidade do mal
Ruy Goiaba, na Crusoé: "Estão banalizando a 'banalidade do mal'. A frase parece estar sendo usada como um substituto de 'todo mundo de quem eu não gosto é Hitler!' por gente que nem passou perto de Hannah Arendt e seu relato sobre o julgamento do nazista Adolf Eichmann em Jerusalém. E também por gente que certamente leu a filósofa alemã -- como a lacroeconomista Laura Carvalho, que usou a expressão no dia da saída de Mansueto Almeida da Secretaria do Tesouro Nacional (Laura apagou o tuíte em que se referia diretamente a Mansueto, mas, como sabem aqueles que frequentam as redes sociais, o print é eterno)..."
Ruy Goiaba, na Crusoé:
“Estão banalizando a ‘banalidade do mal’. A frase parece estar sendo usada como um substituto de ‘todo mundo de quem eu não gosto é Hitler!’ por gente que nem passou perto de Hannah Arendt e seu relato sobre o julgamento do nazista Adolf Eichmann em Jerusalém. E também por gente que certamente leu a filósofa alemã — como a lacroeconomista Laura Carvalho, que usou a expressão no dia da saída de Mansueto Almeida da Secretaria do Tesouro Nacional (Laura apagou o tuíte em que se referia diretamente a Mansueto, mas, como sabem aqueles que frequentam as redes sociais, o print é eterno).
Muito respeitado por seus pares, Mansueto já estava no governo quando Jair Bolsonaro foi eleito — e não é difícil perceber que, por mais execrável que o governo do Talquei seja (e é), é extraordinariamente injusto comparar seu secretário do Tesouro com um dos planejadores do massacre de judeus no Holocausto. É banalizar o mal de modo bastante literal. E não adianta alegar que a alusão serve a qualquer técnico que ‘cumpre ordens’ de algum governo odioso; não há como usar a expressão de Arendt sem ela remeter a Eichmann.”
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