Romeu Zema, a próxima vítima de Lula
Na quinta-feira, 8, o petista cumprirá agenda em Belo Horizonte e espera a participação de Zema
Após dividir o palanque com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Cláudio Castro (PL), ambos aliados de Jair Bolsonaro (PL), o presidente Lula (PT) já mira sua próxima vítima: o mineiro Romeu Zema (Novo, foto).
Segundo a CNN Brasil, o governador de Minas Gerais acompanhará na quinta-feira, 8, uma agenda do petista em Belo Horizonte, onde os ministros farão uma apresentação sobre as ações do governo no estado.
À emissora, aliados de Lula disseram que as agendas são uma tentativa de furar a bolha bolsonarista e isolar o ex-presidente nos maiores colégios eleitorais.
Armadilha
A troca de amabilidades de Lula com adversários políticos é uma armadilha do petista.
Em São Paulo, ele usou Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro, como escada para bancar o estadista, num discurso que o presidente da República faz de forma recorrente, mas que é contrariado pelos seus próprios atos — e por outros discursos menos calculados.
Enquanto o presidente simula urbanidade com um ex-ministro de seu principal adversário, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República ataca os adversários por meios dos canais oficiais do governo. E até a Agência Brasil tem se prestado a fustigar desafetos do governo, com publicações que destoam do resto do conteúdo publicado pelo órgão oficial.
No Rio de Janeiro, Lula posou de pacificador mais uma vez e, sem mencionar o nome de Bolsonaro, defendeu uma “sociedade sem raiva, sem ódio, sem mentira, sem fake news, sem ofensa às pessoas”.
O petista, no entanto, alfinetou o governador fluminense por sua proximidade com Bolsonaro, dizendo que nenhum outro presidente investiu tanto no Rio quanto ele.
“Uma sociedade em que a gente vive em comunidade da forma mais respeitosa possível. […] E não ficar no nosso mundo, no celular, um falando mal do outro. É por isso que eu quero dizer ao governador do estado. Eu já fiz uma vez e vou fazer. Eu duvido que na história do país, um presidente da República investiu mais no Rio de Janeiro do que eu investi entre 2003 e 2010. Eu voltei e vou lhe dizer que vamos investir no Rio de Janeiro mais do que todo e qualquer outro presidente já investiu”, disse Lula.
Dívida de Minas Gerais
Apesar de fazer oposição a Lula e ao PT, o governador Romeu Zema busca uma solução para a dívida de mais de 160 bilhões de reais do estado com a União.
Em 2023, Zema sinalizou apoio ao acordo proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para quitação da dívida do estado com a União. Pelo plano apresentado, Pacheco propôs uma federalização das empresas estatais mineiras, como forma de compensar o governo federal.
Segundo a proposta, o governo federal teria direito de receber as participações acionárias de empresas públicas estaduais, como a Companhia Energética Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O acordo traz a previsão de cláusula de recompra pelo estado em até 20 anos das estatais.
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