O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, assume nesta quinta-feira, 14, a executiva estadual do União Brasil. Essa é a primeira mudança regional no partido após a eleição de Antonio Rueda.

Com a mudança no comando do diretório estadual, o partido tende a batalhar pela indicação do cargo de vice na chapa de Eduardo Paes (PSD) na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro. Esse movimento pode atrapalhar as pretensões do PT, que queria sugerir o vice de Paes. A candidatura de Eduardo Paes tem apoio explícito do presidente Lula.

Participam da solenidade de troca de comando do União no Rio de Janeiro o presidente eleito do partido, Rueda, o tesoureiro da sigla, ACM Neto, e até integrantes do PT, como o prefeito de Maricá, Fabiano Horta. O líder do PL, Altineu Côrtes, também esteve presente no ato.

Ontem, como mostramos, o União instaurou processo de afastamento de Luciano Bivar. O processo será encaminhado para o conselho de ética do partido e Bivar terá prazo mínimo 72 horas para apresentar defesa. Até lá Bivar segue como presidente do partido.

Integrantes da sigla admitiram a este site que vão obedecer ao ritmo por uma questão meramente formal / estatutária. Se dependesse exclusivamente da vontade dos dirigentes, Bivar seria expulso sumariamente. A postura dele foi considerada inaceitável pelas lideranças da sigla.

Há um receio dos integrantes da executiva de que Bivar possa tentar inviabilizar o funcionamento da sigla, já que ele ainda é, formalmente, o presidente do partido. Como? Por meio de ameaças a funcionários.

“A situação é irreversível. Ele mostrou que não tem mais controle da situação”, admitiu um integrante da sigla a este site.

Antes de toda a confusão, a ala ligada a Antonio Rueda – presidente eleito do União – avaliou criar o cargo de presidente de honra a Luciano Bivar, já que ele é o integrante mais antigo da sigla.