Os deputados Ricardo Salles (foto) e tenente-coronel Zucco, relator e presidente da CPI do MST, respectivamente, integraram a comitiva que visitou invasões na Bahia na quinta e sexta-feira.

Salles disse à Gazeta do Povo que, durante a fiscalização, viu “crimes de todos os tipos” e “lideranças explorando a massa”. Disse ainda ter sofrido intimidações por parte dos integrantes do MST. 

“Nos cercaram, tentaram encurralar a CPI, constrangeram e ameaçaram as testemunhas e moradores que queriam falar a verdade”, afirmou.

Já os indígenas de Itamaraju acusaram os parlamentares de “truculência” e “ameaça”. 

Em vídeos que circulam nas redes, os deputados conversam com os indígenas por um portão de madeira e os acusam de terem invadido a terra de um fazendeiro. 

“Aqui é propriedade privada, tem escritura, tem tudo”, disse Salles.

Em publicação nas redes sociais, a deputada Sâmia Bomfim disse que irá acionar a Justiça e a Funai contra os parlamentares “por terem invadido a Terra Indígena Barra Velha, no sul da Bahia, sem qualquer autorização”.

Em resposta, Salles afirmou:

“Uns índios pikachu invadiram uma fazenda na Bahia, com armas, facas e afins, tiraram a família de lá, com escritura e tudo em ordem e agora vem o Dudu [apelido que Salles deu a Sâmia Bomfim] dizer que fomos nós que invadimos? Vai te catar”.

Estou acionando a Justiça e a FUNAI contra Ricardo Salles e Zucco, por terem invadido a Terra Indígena Barra Velha, no sul da Bahia, sem qualquer autorização. Mais um crime pelo qual os trapalhões da CPI terão que responder. pic.twitter.com/P63z2bs5IR

— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) August 25, 2023