Renan Calheiros, como já dissemos, é capaz de fazer qualquer coisa para não perder — incluindo, só a título de exemplos, desrespeitar decisão da Suprema Corte do país e sinalizar apoio, ao mesmo tempo, a Michel Temer e a Dilma Rousseff durante o impeachment.

Como noticiamos na semana passada, o anúncio da candidatura de Simone Tebet acabou amenizando os protestos contra o alagoano, o que o levou a intensificar sua campanha fora do partido. Agora, aliados dizem que, mesmo que Simone venha a vencer a disputa interna no MDB ou lance mesmo sua candidatura avulsa, ele poderá ter votos suficientes fora da bancada para ganhar no plenário.

Se essa investida, porém, não der certo, Renan não aceitará menos do que o comando da CCJ — e isso, infelizmente, não dependeria do aval de Simone — e, assim, pavimentaria seu caminho para tentar voltar ao comando da Casa daqui a dois anos, quando acabará o mandato do presidente que será eleito na sexta-feira.

Um detalhe importante: pelo regimento da Casa, a eleição da presidência do Senado desta semana não dá direito à reeleição — em razão da renovação de dois terços da Casa; já o pleito de daqui a dois anos, sim, dará direito à reeleição.