Com o colapso dos hospitais, médicos brasileiros estão tendo de escolher quem deve ganhar um leito na UTI e quem deve morrer.

Uma médica que trabalha num dos maiores hospitais públicos de Fortaleza disse para a BBC Brasil:

“A gente acaba escolhendo quem vai ter mais chances de sobreviver (…). Os leitos mais do que dobraram, mas não conseguimos dar conta da demanda. Temos pacientes intubados na enfermaria, na emergência. Já teve paciente que ficou mais de duas horas rodando intubado em ambulância porque não tinha vaga”.

Uma cardiologista do Rio de Janeiro acrescentou:

“A gente não precisava fazer essa ‘escolha de Sofia’. Mas agora estamos vivendo cada vez mais isso. E é muito difícil também porque não somos treinados para tomar esse tipo de decisão, para priorizar quem tem mais chance de se recuperar porque é mais jovem ou saudável. A gente aprende que tem que salvar vidas.”