Além de ser monitorado com tornozeleira, informar endereço fixo e se comunicar apenas com familiares e advogados, Fabrício Queiroz não poderá usar o telefone, fixo ou celular.

A decisão do presidente do STJ, João Otávio de Noronha, que concedeu a ele prisão domiciliar, determinou o “desligamento das linhas telefônicas fixas, entrega à autoridade policial de todos telefones móveis, bem como computadores, laptops e/ou tablets que possua”.

Para sair de casa, ele também vai ter que pedir prévia autorização judicial.

Antes de ser preso, no dia 18 de junho, Queiroz fazia intensa troca de mensagens pelo WhatsApp com a família.

A investigação do Ministério Público do Rio apreendeu conversas em seu celular, em que ele orientava como manter escondida a mãe do miliciano Adriano da Nóbrega, Raimunda Veras, ex-assessora de Flávio Bolsonaro e suspeita de participar do esquema de rachadinha.

Também ficou demonstrado que, de dentro do sítio de Frederick Wassef, em Atibaia (SP), ele mantinha influência sobre milicianos do Rio e impediu que outras pessoas prestassem depoimento na investigação.

Ele usava o celular até para comunicar Márcia Aguiar, sua mulher, sobre os momentos de diversão na casa do ex-advogado de Jair Bolsonaro.