Embora tenha quatro candidatos próprios disputando o segundo turno das eleições municipais em capitais, o PT, de Lula e Gleisi Hoffmann, preferiu concentrar investimentos na campanha do deputado do PSOL, Guilherme Boulos, em São Paulo.

Até segunda-feira, 14, o partido colocou 44 milhões de reais na campanha do candidato à prefeitura da capital paulista.

Somando as campanhas de Maria do Rosário, em Porto Alegre, Evandro Leitão, em Fortaleza, Natália Bonavides, em Natal, e Lúdio Cabral, em Cuiabá, a legenda colocou 41,7 milhões de reais, registrou o Poder 360.

Entre os candidatos petistas, a candidatura de Maria do Rosário foi a que mais recebeu recursos: cerca de 11,97 milhões de reais.

A de Lúdio Cabral, por outro lado, foi a que recebeu menos: 7,93 milhões de reais.

Apesar do candidato do PSOL ser o cabeça de chapa em São Paulo, Lula e o PT indicaram a ex-prefeita Marta Suplicy como vice.

Lula admite ‘flop’ do PT no primeiro turno

Lula afirmou na sexta-feira,11, que é necessário “rediscutir” o papel eleitoral do PT em relação ao primeiro turno das eleições municipais. Ele ressaltou que, embora o partido tenha eleito mais candidatos do que em 2020, o desempenho ficou aquém do esperado.

“Temos que rediscutir o papel do PT. Hoje, 80% dos prefeitos foram eleitos em cinco estados, todos do Nordeste. Tivemos boa participação no Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais ganhamos as cidades que já governávamos (Contagem e Juiz de Fora), mas não fomos bem em São Paulo. Perdemos São Bernardo do Campo, Santo André, e até Araraquara, onde tínhamos certeza da vitória. Estamos no segundo turno em Mauá e Diadema… Em Teresina, todos consideravam certa a eleição do candidato do PT (Fábio Novo)”, disse Lula em entrevista à rádio Povo/CBN.

A derrota da petista Eliana Honain em Araraquara serviu de termômetro para o partido sobre o cenário eleitoral em São Paulo. A cidade é governada há oito anos pelo ex-ministro de Dilma Rousseff Edinho Silva. Mesmo assim, o candidato do PL, Doutor Lapena, foi o escolhido pela população. Nesta semana, Edinho, cotado para a presidência do PT, atribuiu o insucesso ao ambiente de polarização que, segundo ele, prejudicou o partido.