Em entrevista à Jovem Pan, Kim Kataguiri disse que o projeto que proíbe o nepotismo na administração pública federal — aprovado em uma comissão da Câmara com uma emenda de sua autoria — não tem a ver, exclusivamente, com a indicação de Eduardo Bolsonaro ao posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Segundo o deputado do DEM de São Paulo e líder do MBL, a proposta é para “os próximos 100, 200 anos”.

“Hoje você não pode indicar um filho para secretário pessoal, mas pode indicar para ministro do Estado. Não faz sentido isso”, disse Kataguiri.

O Projeto de Lei 198/19, do deputado Roberto de Lucena, recebeu uma emenda de Kataguiri, que é o relator, que transforma em nepotismo a nomeação de parente de autoridade para os cargos de ministro de Estado e embaixador.

O parlamentar disse também que os senadores devem considerar o parecer da consultoria legislativa da Casa, que apontou nepotismo na provável indicação de Eduardo. “Os deputados e senadores respeitam muito o corpo técnico da Casa.”