Professor da UnB pró-cloroquina diz ser ‘mentor de Bolsonaro’ e engrossa ‘gabinete paralelo’
O Antagonista apurou que um professor da Universidade de Brasília (UnB), que não é médico, também integrou o chamado "gabinete paralelo" que orientava Jair Bolsonaro na condução da pandemia. Marcelo Hermes Lima conseguiu se aproximar de Bolsonaro ao se vender como "direitista"...
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O Antagonista apurou que um professor da Universidade de Brasília (UnB), que não é médico, também integrou o chamado “gabinete paralelo” que orientava Jair Bolsonaro na condução da pandemia.
Marcelo Hermes Lima conseguiu se aproximar de Bolsonaro ao se vender como “direitista”. Nas redes sociais, ele costuma dizer que ama dois homens: o filho e o presidente.
Hermes, que esteve no Palácio do Planalto algumas vezes (veja foto), incentivou Bolsonaro a apostar na cloroquina, levando em conta aquela metodologia bolsonarista de que, se pessoas que usaram o medicamento foram curadas, então o medicamento funciona. A cloroquina não tem eficácia contra a doença.
O professor de biologia celular na UnB se mexe nos bastidores, desde o ano passado, para tentar convencer cientistas a apoiar o uso da cloroquina. Em mensagens nas redes sociais e em conversas reservadas às quais este site teve acesso, ele se apresenta como “um dos principais mentores do presidente Bolsonaro na luta da Covid”.
Sem êxito na tentativa de atrair especialistas para a sua tese quanto à eficácia da cloroquina, Hermes costuma reagir de maneira agressiva e tacha as pessoas de “militantes de esquerda”, colocando-as no mesmo grupo de Luiz Henrique Mandetta e João Doria, políticos que Bolsonaro trata como adversários.
Hermes preside um grupo chamado Docentes Pela Liberdade (DPL), que, segundo o site da entidade, tem interesse em “romper com a hegemonia da esquerda e combater a perseguição ideológica”.
A CPI da Covid precisa ouvir o professor universitário.
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