Prêmio para a filha de desembargador que livrou Beto Richa de Moro
Preso e solto em 2018, Beto Richa é um dos tucanos mais enredados com a Justiça, acumulando problemas com a Justiça Eleitoral, a operação Lava Jato e o Ministério Público do Paraná...
Beto Richa é um dos tucanos mais enredados com a Justiça, acumulando problemas com a Justiça Eleitoral, a operação Lava Jato e o Ministério Público do Paraná.
Uma das denúncias que paira sobre Richa é a de que ele recebeu entre 2,5 a 4 milhões de reais da Odebrecht, via caixa dois, para sua campanha à reeleição em 2014: em troca, a empreiteira seria favorecida no processo de licitação para duplicação da PR-323, conhecida como Rodovia da Morte.
O inquérito foi aberto por Sergio Moro, mas Richa conseguiu escapar da caneta do juiz da Lava Jato.
Como o Antagonista revelou com exclusividade, Richa contou com a ajuda do desembargador Luiz Fernando Wowk Penteado, que não viu problemas em julgar recurso do tucano, apesar de sua filha ter sido nomeada pelo próprio Richa para um cargo comissionado na Governadoria em novembro de 2017.
Na ocasião, tanto Richa quanto Penteado, divulgaram notas para afirmar que Camila Penteado tinha formação específica para ocupar o cargo, desempenhando função técnica em parque de preservação ambiental na cidade de Prudentópolis.
Richa também negou relação com o desembargador e declarou que só teve contato com ele uma vez, em evento público.
Os expedientes utilizados por Richa para escapar da Justiça foram revelados por uma reportagem de capa da Crusoé, em agosto, que explicou como ele vinha, até aquele momento, conseguindo driblar as acusações, apesar da robustez de provas.
Duas semanas depois da publicação da reportagem da Crusoé, Richa foi preso, mas solto pouco depois.
Não foi um bom ano para o ex-governador do Paraná: ele foi ainda derrotado na disputa por uma vaga no Senado.
Mas, em geral, foi um ótimo ano para a honestidade.
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