Prefeitura de SP intervém em empresas de ônibus ligadas ao PCC
Suspeitas de lavarem dinheiro para o PCC, as empresas Transwolff e Upbus foram alvos de operação do MPSP nesta terça-feira, 9
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou nesta terça-feira, 9, intervenção em duas empresas de ônibus investigadas por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Já fiz o decreto publicado hoje no Diário Oficial onde determino a intervenção na Transwolff e na UPBus. Quero contar com a colaboração da imprensa para deixar claro que não haverá nenhuma paralisação no transporte público municipal por parte dessas empresas. Fornecedores não deixarão de receber. Os interventores já estão lá nas duas empresas. Não haverá demissão de funcionários. Só muda a gestão dessas empresas”, disse o prefeito em coletiva de imprensa.
Segundo o decreto, Valdemar Gomes de Melo, diretor de planejamento de transporte da SPTrans, foi nomeado interventor na Transwolff, e Wagner Chagas Alves, diretor de operações da SPTrans, será o interventor na Upbus.
“Os comitês de intervenção poderão ocupar e utilizar o local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, os quais serão devolvidos posteriormente”, diz o decreto.
Operação Fim da Linha
O Ministério Público de São Paulo deflagrou nesta terça uma operação para cumprir quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão contra dirigentes de empresas de ônibus suspeitas de lavarem dinheiro para o PCC.
A Justiça também decretou o bloqueio de 684 milhões de reais em bens dos investigados em razão de danos coletivos provocados pela atuação das empresas Transwolff e Upbus.
De acordo com o MPSP, três dirigentes ligados à Transwolf, que atua na Zona Sul da cidade, foram presos. São eles: Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, Robson Flares Lopes Pontes e Joelson Santos da Silva.
Silvio Luis Ferreira, o Cebola, que é sócio da UPBus não foi localizado e está foragido.
Elio Rodrigues dos Santos, que não era alvo da operação, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma em um dos endereços alvos de buscas do Ministério Público.
No imóvel de Luiz Carlos Efigênio Pacheco foram encontrados diversos fuzis, revólveres, dinheiro e joias.
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